11 de novembro de 2014

CARTA ABERTA DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO À POPULAÇÃO MARANHENSE



A GREVE GERAL dos servidores do Judiciário maranhense, retomada nesta quinta-feira, 13/11, é uma resposta dos trabalhadores ao descaso da administração do Tribunal de Justiça do Maranhão aos direitos dos trabalhadores, assegurados por lei e por decisões judiciais.

Nesse sentido, destacam-se a falta do cumprimento integral da decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, que garantiu o direito aos servidores filiados ao Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão - Sindjus/MA à correção de seus vencimentos pelo índice de 21,7%, após oito anos de luta da categoria. O Tribunal de Justiça alega falta de recursos orçamentários para cumprir integralmente a decisão do STF. Mas, por outro lado, a atual administração do Judiciário tem assegurado o atendimento das demandas remuneratórias dos magistrados, mesmo aquelas sem expressa previsão no orçamento.

A greve da categoria é também porque o TJMA não garante, até o momento, o pagamento das Perdas Inflacionárias de 2013 aos servidores. Apesar da lei de iniciativa do Tribunal já ter sido aprovada e promulgada, garantindo esse direito com recursos orçamentários próprios. Assim como a fixação do dia 01º de Janeiro como Data Base para a revisão anual dos vencimentos da categoria.

A greve ainda é pelo fim do assédio moral sofrido diariamente por servidores no Poder Judiciário, o que tem levado em muitos casos ao afastamento do servidor do seu trabalho, por este não ter mais condições psicológicas de continuar prestando o atendimento necessário à população.

Atualmente, são precárias as condições de trabalho enfrentadas pelos servidores no Poder Judiciário, como a falta de material de expediente, material higiênico, problemas estruturais nos fóruns, prejudicando o atendimento aos advogados e à população em geral.  Além disso, os servidores repudiam a proposta de pagamento de auxílio alimentação para servidores e magistrados em valor desigual.

Durante a paralisação, os servidores manterão em funcionamento apenas os plantões judiciais para cumprimento das decisões liminares que envolvam o direito à liberdade, à saúde e à vida, à proteção da criança do adolescente e ao cumprimento da Lei Maria da Penha.

O movimento paredista só será suspenso em  caso do cumprimento do pagamento dos retroativos da Ação dos 21,7%, cujos recursos já estão assegurados pelo Governo do Estado para cumprimento pelo Tribunal de Justiça da decisão obtida pelo Sindjus-MA no Supremo Tribunal de Federal, e com a garantia do pagamento das perdas inflacionárias da categoria, na forma da Lei 10.156/214.

Por todas essas razões, os trabalhadores do Judiciário pedem apoio da população à GREVE GERAL da categoria, bem como à sua luta pela realização de rigorosa auditoria do Conselho Nacional de Justiça na administração financeira do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Somos de Luta. Somos Sindjus. -

Dirigente da CUT debate democratização da mídia

O 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicação (CONTTELP) está discutindo um conjunto de políticas e assuntos para traduzir em resoluções em favor dos profissionais da área.
Dentre os temas abordados, a 'Democratização da Comunicação' foi debatido após a palestra da secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti. Ela também preside o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

“Precisamos debater este assunto porque falta clareza de informação. É necessário que as pessoas entendam que a liberdade de impresa precisa ser garantida, mas com princípios”, declarou Rosane Bertotti.

Segundo a secretária, a liberdade de imprensa precisa ser para todos e não para poucos. Rosane enfatiza que se faz necessário dizer não ao monopólio da Comunicação no Brasil e equilibrar os recursos públicos destinando-os aos pequenos veículos de alcance local e regional.

Durante sua palestra, ela colocou as dificuldades que as rádios comunitárias enfrentam hoje com uma legislação impraticavél na realidade, mas que vê vontade política no governo da presidente Dilma Rousseff. “Dilma demonstrou interesse na pauta e espero que ela efetive essa vontade porque precisamos da participação popular desempenhando o papel de comunicar”, frisou.

O 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicação acontece a cada três anos e está sendo realizado no Sesc Praia, em Luís Correia, litoral do Piauí, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação do Estado do Piauí (SINTTEL-PI) e a Federação Interestadual de Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações (FITRATELP). Rosane Berttoti declarou apoiar a escolha do local por estar em um lugar fora do eixo tradicional onde se debate grandes temas como esse.

“Ter acesso a essas culturas é importante, o Brasil precisa se conhecer melhor, saber quem são as organizações de luta e apresentar suas realidades fora dos grandes centros”, concluiu.

O Congresso Nacional dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicação busca atuações para democratização da telecomunicação para melhorar as relações de trabalho entre operadores e empregadores e a vida da população.

“O serviço de telefonia móvel é de péssima qualidade, somos operadores deste sistema e devemos orientar a população de como deve se comportar no exercício de seu direito de cidadania e de usuário”, ressaltou presidente do SINTTEL-PI, João de Moura Neto. A programação do evento segue até a tarde de quinta-feira (14/11) com palestras e debates.

Além da terceirização e da democratização da comunicação, os trabalhadores vão discutir temas com: aposentadoria e reconhecimento da profissão de teleoperador, fazer uma análise de conjuntura, discutir e encaminhar novas alternativas para a construção da luta dos trabalhadores e pesquisadores em serviços de telecomunicações; apresentar o balanço das ações; promover alterações no Estatuto; além de discutir e aprovar um Plano de luta para categoria.

Fonte: CUT