Sem resposta do governo sobre sua pauta de reivindicações, os servidores do DNIT decidiram em assembleias por iniciar greve a partir do dia 25 de junho por tempo indeterminado em todo o país.
Há mais de cinco anos sem reajuste e não tento firmado acordo no ano passado, a categoria segue buscando uma proposta que atenda as demandas mais urgentes do setor.A categoria já não aguenta mais o jogo de empurra do governo que teima em apresentar uma proposta de 15,8% – divididos em três anos – que já foi recusada pela categoria em três ocasiões.
Os servidores entendem que a greve é um processo difícil e que traz transtornos a toda a sociedade, principalmente porque afetará de sobremaneira as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão em execução, mas, os trabalhadores sabem também que esse foi o único caminho que o governo deixou para a categoria.
“o governo não deixou outra alternativa para os servidores do DNIT a não ser radicalizar e aprovar uma greve por tempo indeterminado. O Sindsep/MA e a Condsef buscaram o atendimento das demandas do setor através da Secretaria de Ralações do Trabalho do Ministério do Planejamento e até agora o governo emperra a negociação apresentando uma proposta vencida”, disse Valter Cezar Figueiredo, Coordenador da Secretaria Geral do Sindsep/MA e diretor da Condsef.
No Maranhão os servidores já estão ultimando os preparativos para paralisar a Superintendência e as quatro Unidades Locais do Órgão – Pedrinhas, Caxias, Imperatriz e Barão de Grajaú.
Magnovaldo Sodré, membro do Comando de Greve, reuniu-se ontem com os diretores do Sindsep/Ma para preparar a programação de atividades a serem desenvolvidas pelos participantes do movimento paredista. Ficou acertado que o sindicato irá levar o advogado para esclarecer entre outras coisas sobre o direito de greve e como aplicá-lo.
“Nós precisamos pressionar o governo para que atenda essa demanda reprimida há mais de cinco anos. Sabemos que a população sofrerá com os transtornos de uma greve, mas pedimos a compreensão da sociedade. Nós não pleiteamos apenas ganhos pecuniários, nós lutamos pelo fortalecimento do serviço público e consequentemente a melhoria do atendimento ao cidadão” disse Magnovaldo Sodré.
É importante destacar que enquanto perdurar o movimento paredista, serão paralisadas as medições das obras em andamento – inclusive as do PAC – e consequentemente os pagamentos, o que certamente fará com que algumas obras tenham atrasos na execução. No Maranhão, estão um pouco mais de 4% da malha viária federal e com a deflagração da greve, as autorizações especiais de trânsito também sofrerão restrições.
Magnovaldo Sodré explicou que o movimento terá um impacto muito grande nas obras do PAC que estão sob a responsabilidade do DNIT. “Tentamos negociar de todas as forma, entretanto, o governo não nos atendeu. Só com a greve o governo entenderá a necessidade de reabrir o diálogo com os servidores e assim atender nossas reivindicações conforme protocolado no Ministério do Planejamento”, justificou Magnovaldo, membro do Comando de greve.
A greve no Dnit é uma realidade e é de responsabilidade do governo que forçou os trabalhadores a tomar essa decisão extrema frente ao conflito instalado. Os servidores seguem abertos ao diálogo e esperam que o governo tenha responsabilidade e apresente uma proposta capaz de dissolver os impasses e que o diálogo entre Planejamento, Transportes e Dnit traga êxitos nesse sentindo.
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