A reunião, segundo dirigentes, estava marcada antes dos protestos. E ocorreu pouco antes de os prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) e o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciarem simultaneamente a revogação do aumento das tarifas do transporte público.
Sobre as manifestações, segundo o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, “o presidente mais ouviu do que falou”. Lula segue a linha adotada pela presidenta Dilma Rousseff, que legitimou as manifestações pacíficas como “próprias da democracia” e reconheceu que o país tem muito o que avançar na qualidade e na oferta dos serviços públicos e no combate à corrupção.
A preocupação da CUT, diz seu presidente, é que o movimento iniciado em São Paulo tenha desdobramentos desviados de sua origem. “Ele se começou com as bandeiras da mobilidade urbana e a redução das tarifas de transportes, mas não para acusar o governo Dilma. Preocupa que efeitos da mobilização sejam apropriados por oportunistas.”
Pautas sindicais
Lula programa reuniões com as centrais para discutir a conjuntura política e econômica e problemas da classe trabalhadora a cada dois meses. Os sindicalistas pedem auxílio do ex-presidente para que as pautas sindicais tenham eco no Planalto e no Congresso, com destaque para o Projeto de Lei 4.330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), sobre terceirização. “Se esse projeto for aprovado, vai desregulamentar o mercado de trabalho”, diz o dirigente cutista.
No dia 10 de julho, haverá uma reunião quadripartite na qual as centrais vão solicitar à base aliada mais atenção à pauta trabalhista, que também inclui a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, política de reajustes para os aposentados e correção da tabela de Imposto de Renda.
Fonte:Rede Brasil Atual
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