Cerca de 700 trabalhadores rurais estão acampados nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes), em São Luís(MA), na manhã desta quarta-feira (19). Após os protestos iniciados ontem (18) e, sem chegar a um acordo com o governo, os manifestantes ocuparam os locais.
Os trabalhadores rurais pretendem permanecer acampados. Com redes e colchões, eles se acomodaram e fizeram até um momento de lazer com música ao vivo. O grupo está dividido em 400 manifestantes no Incra, no Anil e, 300, na Sedes, na Praia Grande.
"Queremos que o governo apresente uma proposta dentro da nossa pauta para que a gente possa socializar algumas coisas e logo em seguida nós temos uma reunião com a governadora para que ela possa anunciar algumas políticas públicas para o campo", revelou Francisco Miguel, presidente da Fetaema.
No início da noite, o vice-governador Washignton Oliveira recebeu os manifestantes novamente. Os trabalhadores rurais apresentaram uma pauta de reivindicações cobrando benefícios nas áreas de saúde, educação e segurança para quem mora no campo. O governo do Estado prometeu analisar os pedidos e nova reunião está marcada para esta quarta-feira (19), às 17h30.
"O governo vai preparar um documento de resposta a essa pauta de reivindicação que nós recebemos. Portanto, há um acordo de trabalho e metodologia para que nós possamos avançar até concretizar muitas das reivindicações dos trabalhadores rurais ao longo de todos esses anos", anunciou o vide-governador Washington Luís.
Manifestação segue pacífica, diz líder
De acordo com o secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Denilton Pereira, o protesto vai permanecer tranquilo. "Essas pessoas não são vândalos, são trabalhadores dignos. A sdociedade pode ficar tranquila porque nós somos organizados, educados e, da nossa parte, não vai ter vandalismo. Com relação ao patrimônio público, podem assegurar que nós conhecemos os direitos", disse.
Denilton avisou que manifestação vai continuar até que governo proponha acordo dentro das diretrizes do movimento. "Vamos continuar acampados até termos uma resposta satisfatória. Nós entregamos a pauta ontem e vimos a incapacidade do Incra, que não tem sensibilidade para responder os anseios da classe. O movimento vai continuar atá que tenhamos uma resposta satisfatoria contra a violência no campo. Se for preciso, vai vir mais 1.500 outros trabalhadores, até de outros Estados", avisou.
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