5 de setembro de 2013

No Grito dos Excluídos, CUT-SP vai às ruas para defender protagonismo da juventude




Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular. Este é o lema que será levado às ruas da capital paulista no próximo sábado (7), na 19ª edição do Grito dos Excluídos. A ideia é chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos jovens, como a violência e o extermínio, principalmente nas periferias das cidades.

Em São Paulo, o ato dos movimentos popular e sindical, dentre o qual estará a CUT São Paulo, terá concentração na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 8h30. Os participantes seguirão em caminhada pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até o Monumento das Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, onde ocorrerá o grande ato.

Entre as principais reivindicações está a defesa pelo protagonismo da juventude para a construção de um projeto de sociedade que garanta os direitos dos trabalhadores, trabalhadoras e da população, como reforma urbana e agrária, saúde, educação e transporte público de qualidade.

O secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, afirma que a CUT levará em suas bandeiras a defesa dos direitos da juventude trabalhadora. “Muitos jovens entram no mercado de trabalho em condições precárias. Eu, que sempre atuei no serviço público, posso dizer que isso não é diferente no funcionalismo. Salários baixos e grandes jornadas de trabalho são alguns exemplos. Fora esta questão, a nossa Central tem resistido para que o PL 4330, que é o mesmo que rasgar a CLT, não passe no Congresso”, disse o dirigente, referindo-se ao chamado Projeto da terceirização, uma tentativa de precarizar ainda mais as relações de trabalho no Brasil.

De acordo com Gomes, o tema deste ano traz desafios para o mundo sindical, num momento histórico em que a juventude sai às ruas para protestar. “Junho e julho foram meses que nos ensinaram. Não é de hoje que o movimento sindical debate sobre a importância de maior participação dos jovens dentro das entidades. Para nós, isso ainda é uma questão a ser superada, ou seja, precisamos descobrir de que forma conseguiremos abrir espaços para que a juventude ocupe”.

Raimundo Bonfim, coordenador estadual da Central de Movimentos Populares (CMP), ressalta que é preciso apostar na juventude que luta. “Apoiamos a juventude que resiste às formas de opressão e que está nas ruas para brigar por mudanças estruturais. Sabemos que a desigualdade no Brasil afeta principalmente as mulheres e os jovens”.

A qualidade dos transportes públicos – bandeira erguida pela juventude no primeiro semestre deste ano – foi outro tema destacado por Bonfim. “No Grito dos Excluídos vamos denunciar a corrupção dos governos tucanos nos metrôs e trens paulistas. Exigimos a criação de uma CPI para apurar os desvios que vêm sendo feitos há 20 anos pelos tucanos em São Paulo”.

Fonte: CUT São Paulo
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