Quem depende de transporte coletivo em São Luís e outros municípios da
Ilha corre o risco de ficar sem o serviço amanhã por causa da greve de
motoristas e cobradores de ônibus anunciada para a data. Cerca 700 mil
passageiros podem ser prejudicados. O Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) do Maranhão determinou a circulação de 50% da frota. A população
se prepara para enfrentar a falta de ônibus.
Alguns
taxistas já se preparam para transportar mais passageiros. O taxista
Raimundo Costa, 45 anos, disse ontem que, se for necessário, fará
serviço de lotação para garantir o transporte de maior número de
pessoas. "Muita gente precisa de transporte. Se todos os ônibus pararem,
o povo não vai ter como ir ao serviço e voltar para casa", disse.
Os
passageiros também esperam contar com linhas urbanas alternativas
oferecidas pelas vans, caso ocorra mesmo a greve. "A gente não pode
faltar serviço. Nessa hora precisamos usar o transporte que aparecer,
seja carona, van, o que for", afirmou a empregada doméstica Elizabeth
Madeira, 34 anos.
Porcentagem
- A decisão pela greve foi tomada na quarta-feira, dia 9, em assembleia
geral da categoria, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em
Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), localizada na
Rua Afonso Pena, no Centro. Em entrevista a O Estado, o presidente do
sindicato, Dorival Sousa, informou que, caso fosse determinado pela
Justiça, seguiria as normas judiciais que obriga o sindicato a manter
certa porcentagem de coletivos circulando pela cidade para atender às
necessidades da população.
Caso a determinação da
Justiça do Trabalho seja descumprida, o Sindicato será multado em R$ 40
mil. Os rodoviários querem aumento salarial de 16%, tíquete-alimentação
no valor de R$ 450,00 e a inclusão de mais dependentes nos planos de
saúde médico e odontológico.
O Sindicato das
Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) pediu reforço de
viaturas e de homens da Polícia Militar para garantir a segurança nas
garagens enquanto as atividades estiverem paralisadas. Durante greve
ocorrida no ano passado, as empresas registraram danos materiais em
cinco ônibus que estavam parados em um protesto de motoristas no Anel
Viário.
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