Organizações
interessadas em participar da Chamada Pública que selecionará projetos voltados
para a realização de ações de comunicação comunitária direcionadas ao
enfrentamento da violência contra a juventude negra, agora têm até o dia 10 de
novembro para enviar propostas. Além do prazo maior, o critério para participar
também foi mudado. Agora, entidades que desenvolvem atividades de comunicação em
suas ações educativas também podem concorrer. Cada projeto selecionado receberá
R$ 70 mil.
As iniciativas
devem ser desenvolvidas nos territórios abrangidos pelo Plano Juventude Viva,
nos estados de Alagoas, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Sul, Espírito Santo,
Pará, São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Serão contempladas nove
propostas, sendo uma por estado, nas modalidades mídia impressa, audiovisual
e/ou radiodifusão, e Internet.
Poderão participar
do processo seletivo instituições privadas sem fins lucrativos, que tenham como
objetivo fomentar e incentivar projetos de comunicação comunitária, com foco na
produção de peças de comunicação relacionadas ao enfrentamento da violência
contra a juventude negra nos territórios abrangidos pelo Plano Juventude Viva.
Juventude Viva
A chamada pública
n° 0003/2013 se soma a um conjunto de iniciativas do governo federal no âmbito
do Juventude Viva - plano de enfrentamento à violência contra os jovens negros.
No Brasil, os homicídios aparecem como principal causa de morte de jovens de 15
a 29 anos, atingindo especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores
das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da
Saúde mostram que mais da metade (53,3%) dos 49.932
mortos por homicídios em 2010 eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e
pardos) e 91,3% do sexo masculino.
O Juventude Viva
foi lançado como resposta a essa realidade, sob a coordenação da Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e da
Secretaria-Geral, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, órgãos da
Presidência da República. Entretanto, as ações do Plano (inicialmente
implementadas no estado de Alagoas) resultam de intensa articulação
interministerial.
Construído por meio
de um processo participativo, o Plano reúne ações de prevenção que visam à
reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica,
a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia; da oferta
de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que
concentram altos índices de homicídio; e do aprimoramento da atuação do Estado
por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de
agentes públicos para o problema.
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