Sindsep/MA participa de Ato em defesa da CGU/MA
O
Sindsep/MA participou através do diretor Manoel Lages Mendes Filho
(Secretaria de Comunicação), da manifestação da UNACON Sindical –
Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle, que
foi realizada no dia 1º de outubro, em frente à Controladoria Geral da
União do Maranhão (CGU/MA).
O Ato foi mais um protesto contra a
proposta do Governo Federal de retirar o status de Ministério da CGU,
fatiando suas atribuições entre a Casa Civil e o Ministério da Justiça.
De acordo com a Associação Nacional dos
Auditores Federais de Controle Interno (ANAFIC), em tempos de crise,
com recursos escassos, os gastos dos ministérios estão sofrendo cortes,
inclusive em áreas sensíveis, como a educação e a saúde. Porém, um gasto
de bilhões e bilhões de reais, e que não traz retorno à sociedade, está
sendo ignorado:
A Controladoria-Geral da União é conhecida pelas suas ações efetivas no
combate à corrupção em todo o território nacional, tais como a
fiscalização dos municípios por sorteio, demissão de cerca de 4.300
servidores públicos, sendo a grande maioria por corrupção, além de
operações conjuntas com a Polícia Federal e Ministério Público, entre
outras ações.
Redução orçamentária ano após ano
Apesar de ter um dos menores orçamentos da Esplanada, sendo
comparável, por exemplo, à Secretaria de Política para as Mulheres
(despesas com exclusão da folha de pessoal), a CGU vem recebendo cortes
seguidamente. E isso tem reduzido drasticamente a atuação do órgão e,
portanto, aberto um caminho para o aumento real da corrupção. Exemplo: a
maioria das ações de fiscalização nos municípios está deliberadamente
restrita às cidades onde se pode ir e voltar no mesmo dia, para reduzir
gastos com diárias e combustível.
Redução do número de servidores
Já em 2009, a CGU tinha previsão para 5.000 vagas para
servidores efetivos, e apenas 2.665 ocupadas. Com a ausência de
concursos públicos, esse quantitativo caiu ainda mais, chegando aos
atuais 2.232 servidores.
Falta de Lei orgânica
Apesar de lidar com áreas sensíveis, a CGU não possui uma lei
orgânica própria, o que deixa a sua existência à mercê do Chefe do Poder
Executivo, além de implicar em menor autonomia.
Perda de status de Ministério
Agora, como golpe fatal, está sendo noticiado pela imprensa que
o Planalto vai retirar o status de Ministério da CGU, transformando-a
em Secretaria. Ou seja, uma Secretaria vai auditar e recomendar aos
Ministérios, que serão hierarquicamente superiores a ela. Isso vai gerar
uma redução significativa de eficiência e, novamente, de sua autonomia.
Além disso, não será mais possível realizar a demissão de servidores
públicos corruptos pelas vias administrativas (como os 4.300 já
citados), pois essa competência é exclusiva de Ministro de Estado.
De acordo com o diretor do Sindsep/MA,
Manoel Lages, é necessário que a sociedade compreenda a importância da
CGU e venha a somar com todos esses servidores para a manutenção do
status de Ministério ao órgão. Ele afirmou ainda, que é através da CGU
que muitos casos de corrupção são descobertos, inclusive, contribuindo
de forma paliativa para a utilização responsável dos recursos públicos.
É importante que as pessoas assinem a
Petição Pública on line de manutenção do status de Ministério para a CGU
que está disponível em: www.peticao publica.com.br.
Alguns dados que demonstram o que vem sendo feito à CGU no atual Governo
(dados extraídos dos Relatórios de Gestão da CGU publicados no site da
CGU e do TCU):
Avaliação da execução de programas de governo
2011-3.902 ações / 2014-1.192 ações
(redução de 69,5%)
Ações Investigativas
2011-1.361 ações / 2014-592 ações
(redução de 65,5%)
Programa de sorteios públicos
2011-1.975 ações / 2014-1.090 ações
(redução de 44,8%)
Servidores efetivos vinculados à CGU
2009-2.665 servidores / 2014-2.232 servidores
(redução de 16,3%)
Fonte: sindsep
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