Reunidos em São Paulto nesta terça-feira,
representantes de todos os ramos da classe trabalhadora filiados à CUT
discutiram ações para tentar barrar o golpe à democracia em curso no Brasil.
A resistência inclui a organização de uma paralisação nacional dos
trabalhadores das iniciativas pública e privada. No dia 10 de maio todos os
setores produtivos do país devem parar contra o programa “Uma ponte para o
futuro” já anunciado em caso de Michel Temer assumir a Presidência. O
programa propõe ações com retirada de direitos e arrocho em setores
estratégicos que podem ser catastróficas e já foi severamente criticado por
especialistas de diversas áreas. Para a maioria da classe trabalhadora, a
presidente Dilma tem legitimidade para cumprir seu mandato até 2018. Por isso
também, o próximo dia 1º de maio será emblemático na defesa da democracia.
Em todo Brasil trabalhadores estarão mobilizados.
Em São Paulo haverá uma assembleia nacional da classe trabalhadora e dos
movimentos sociais. Lá será votado e definido um calendário de lutas e
próximas ações da classe trabalhadora em defesa de seus direitos e por
avanços que retirem o país da crise política e econômica instalada. A CUT
também vai entregar a presidente Dilma uma proposta que contém um plano de
emergência para combater a crise. Este plano inclui, entre outras propostas,
a retirada imediata do PLP 257/16 do Congresso Nacional, a alteração na
tabela do Imposto de Renda, tornando a cobrança de tributos mais justa e o
reforço e aperfeiçoamento de todos os programas sociais.
Também para reforçar a defesa da democracia,
cobrar da presidente a adoção imediata dessas propostas e frear o golpe no
Senado, a classe trabalhadora promove manifestações intensas entre os dias 9
e 11 de maio. A pressão deve ser constante. No dia 9 de maio também está
prevista a instalação de uma Frente Parlamentar em defesa dos direitos da
classe trabalhadora no Congresso. A Condsef vai reforçar todo esse calendário
no dia 3 em reunião do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) e no dia
4 na reunião da Direção Executiva. O objetivo é integrar suas filiadas e a
maioria dos servidores do Executivo nessa agenda de mobilização contra o
golpe e em defesa da democracia.
Para a maioria das filiadas à CUT, a tese que
defende novas eleições não pode ganhar força, uma vez que o processo
democrático só prevê derrubada de presidente eleito em dois casos: 1) onde há
crime, mas neste caso não conseguem comprovar e transformam esse processo em
uma oportunidade política para instalar um governo ilegítimo e 2) em caso de
renúncia da presidente eleita que já anunciou que em hipótese nenhuma tomará
essa decisão. Por isso, a CUT e suas filiadas vão continuar denunciando o
golpe em curso e defendendo a conclusão deste mandato presidencial. Chega de
retrocessos e retirada de direitos. Precisamos avançar e faremos isso nas
ruas e com muita luta.
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Fonte: Condsef
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