4 de julho de 2016

Greve: professores de Itapecuru-Mirim vão às ruas após um mês sem diálogo



3b657b41-9f0a-42ab-a745-43ef0503ea94 to webApós completar um mês com as atividades suspensas, professores da rede pública municipal de Itapecuru-Mirim ocuparam as ruas na manhã da quinta-feira (30). O objetivo do ato público era chamar atenção da sociedade para a intransigência da prefeitura em não dialogar com os educadores a pauta da greve da categoria.

Entre as reivindicações da categoria se destaca o pagamento das sobras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), que não foram aplicadas em 2015 e poderiam melhorar a remuneração dos docentes. Também compõem a pauta da greve as  reformas em escolas e o fornecimento de materiais didáticos, da merenda e do transporte escolar de qualidade.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itapecuru (SINSPMI), a greve continuará por tempo indeterminado até que a negociação com a gestão seja iniciada, enquanto a assessoria jurídica da entidade questiona, na Justiça, a decisão judicial que considerou a mobilização dos trabalhadores ilegal.

Sob investigação
Desde 2014, o transporte escolar, uma das reivindicações dos trabalhadores, é alvo de inquérito civil público instaurado pela Promotoria de Justiça de Itapecuru-Mirim.  Na ação, o Ministério Pública investiga como foram aplicados R$5,5 milhões, valor repassado ao município pelo governo federal entre anos de 2013 e 2014.

Nos cálculos da Promotoria, com a quantia era possível comprar 20 ônibus escolares e ainda sobrava R$1 milhão para a manutenção. O quadro projetado pelo Ministério Público contrasta com o serviço oferecido pela Prefeitura aos estudantes, que têm à disposição somente 11 veículos, sendo oito ônibus e três micro-ônibus.

Além do uso incorreto do dinheiro público, a investigação do MP traz documentos com denúncias sobre irregularidades no transporte escolar. Entre falhas da má gestão, que colocam em risco a integridade dos estudantes, estão a prestação de serviço por motoristas não habilitados para a condução dos veículos e a utilização de automóveis de pequeno porte.

Fonte: sinproesemma

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