No último
dia 24 de março, o prefeito de Coelho Neto - MA, Soliney Silva, invadiu a sede
do Sindicato dos Servidores Municipais daquela cidade e proporcionou o maior
“quebra-quebra” em bens materiais da entidade, dos filiados e até mesmo partiu
para a agressão física, em um ato covarde e descabido de quem deveria zelar
pela ordem pública municipal.
Segundo
informações repassadas pelo presidente do Sindicato e recentemente eleito
presidente da Fetram, Osmar Aguiar, o tumulto teria tido início quando pessoas
ligadas à atual administração municipal, entre elas a secretária de Saúde,
Rosângela Curado, resolveram orquestrar e comandar uma “manifestação” composta
por pessoas contratadas sem concurso público que se deslocaram até a sede da entidade,
ficando em um cerco policial, a 200m do sindicato, onde iria acontecer uma
Assembleia Geral em comemoração aos 23 anos de intensas lutas do sindicato em
defesa dos servidores municipais de Coelho Neto.
Ainda de
acordo com Osmar Aguiar, o motivo da “manifestação” liderada pelo poder
municipal era uma resposta contrária à posição da entidade, que vem
pressionando a prefeitura de Coelho Neto a empossar os candidatos que foram
aprovados no último Concurso Público Municipal, que teve uma prorrogação de
prazo e acabará perdendo a sua validade no próximo mês de maio. A polícia
militar foi avisada que poderia acontecer algum ato de selvageria no local, e
deslocou viaturas e policiais para garantir a ordem e a integridade das
pessoas. Soliney Silva, conseguiu furar o cerco policial e junto com outras
pessoas, invadiu, depredou e agrediu sindicalistas que se encontravam no
interior da sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Coelho Neto.
A ação
desastrosa do prefeito vitimou o dirigente sindical Lima Júnior, que foi
covardemente agredido, ficando com vários hematomas pelo corpo. Após praticar
as atrocidades dentro da sede da entidade, o prefeito evadiu-se do local sendo
escoltado pelos seus comparsas, deixando um rastro de intolerância e desordem
dentro de uma entidade que funciona amparada pelo princípio da legalidade e da
livre associação de trabalhadores.
Para Osmar
Aguiar, o que foi testemunhado na noite do último dia 24 de março, na cidade de
Coelho Neto, pode ser considerado uma grande afronta ao estado de direito. Para
o presidente do Sindicato e da Fetram, esse tipo de atitude não pode mais ser vista
nos dias atuais, por ferir a Constituição Brasileira de 1988, que assegura a
livre associação dos trabalhadores.
Para Valter
Cezar, diretor da Secretaria Geral do Sindsep/MA, da Executiva da Condsef e da
CUT/MA, esse tipo de ato de afronta à atividade sindical deve ser combatido em
todas as suas esferas. Segundo ele, no Brasil atual que está caminhando para o
aperfeiçoamento de uma democracia sólida,
atos absurdos e descabidos como o que foi testemunhado em Coelho Neto, devem
ser punidos de forma exemplar para resguardar o direito de reivindicação da
classe trabalhadora.
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