O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema) começa a discutir, esta semana, a data-base salarial 2012 com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET). A possibilidade de paralisação de atividades da categoria não está descartada, embora não haja data prevista, pois, de acordo com o Sttrema, as negociações este ano devem ser mais difíceis porque o sindicato patronal já declarou não ter condições financeiras de arcar com os custos operacionais do sistema.
Em reportagem publicada na edição de domingo, dia 25, de O Estado, o SET afirmou que as empresas prestadoras do serviço de transporte coletivo estão em situação de colapso financeiro-operacional e que algumas já deixaram de fornecer o ticket-alimentação e de pagar o plano de saúde de funcionários por falta de recursos financeiros. A saída para amenizar o problema seria o reajuste da tarifa, a revisão de benefícios como a gratuidade concedida a idosos, além da concessão de subsídios ao setor por parte do Município.
Negociações - Ontem, o sindicato dos trabalhadores rebateu as declarações dos empresários e anunciou o início das negociações pelo reajuste salarial da categoria. Na sexta-feira, dia 30, às 14h, SET e Sttrema se reunirão para discutir o índice de aumento nos salários de motoristas, cobradores e fiscais, além de plano de saúde, odontológico e ticket-alimentação. "Ainda não definimos qual será o percentual que solicitaremos este ano. Teremos esta primeira reunião, e os detalhes serão acertados ao longo do processo", comentou Dorival Silva, presidente do Sttrema.
Ainda de acordo com Dorival Silva, a possibilidade de paralisação de atividades da categoria, como já ocorreu em anos anteriores, não está descartada, mas não há previsão de quando uma possível greve deva começar. "A greve é nosso último recurso e depende do avanço nas negociações com os empresários. Não temos interesse em parar nosso serviço ou de causar transtornos aos usuários do transporte coletivo de São Luís. A população pode ficar tranquila", afirmou. Ano passado, após quatro dias de greve durante o mês de maio, os rodoviários voltaram ao trabalho com um reajuste salarial de 8,30%, segundo determinação do Tribunal Regional do Trabalho.
Sobre as alegações do SET de que faltam recursos financeiros para arcar com o sistema de transporte, o presidente do Sttrema informou que as empresas que deixaram de cumprir com compromissos como o ticket-alimentação e o plano de saúde foram procuradas pela entidade e já regularizaram a situação. "As empresas não podem deixar de efetuar o pagamento de ticket-alimentação, plano de saúde e outros compromissos do tipo porque isso configura a quebra de acordos assinados pelo sindicato patronal que fica passível de sofrer ações judiciais trabalhistas", alertou.
Desculpa - A suposta falência do sistema de transporte coletivo, alegado pelo SET, seria, para o Sttrema, uma forma de pressionar o poder público a conceder reajuste nas tarifas cobradas pelas empresas que operam as linhas de ônibus da capital, o que nem sempre se reflete na melhoria e modernização do serviço prestado à população. "Esta declaração trata-se de uma desculpa antecipada do SET para não conceder aumento salarial com ganhos reais aos trabalhadores", contestou Dorival Silva.
O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para que se pronunciasse a respeito das declarações do SET, mas, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta oficial foi enviada pelo Município. Na Secretaria Municipal de Trânsito de Transportes (SMTT), a informação obtida é de que o assunto precisa ser discutido entre o secretário e diversos setores dentro do órgão antes que qualquer posição seja tomada. Por telefone, a secretária de Clodomir Paz informou que ele estava em reunião e não poderia atender.
A falência do SET
Entre os fatores que estariam provocando a falência do sistema de transporte coletivo de São Luís, segundo o SET, estão os sucessivos congelamentos de tarifa (2004 a 2010 - dois anos sem reajuste, além dos últimos 27 meses, de 2010 até hoje) e o excesso de gratuidades - todas sem nenhum subsídio do Município - agravado pelo alto índice de fraudes na utilização do benefício nos ônibus. Em São Luís, segundo os empresários, o índice de gratuidade no sistema de transporte chega a 26%, enquanto a média nacional é de 8%.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
Em reportagem publicada na edição de domingo, dia 25, de O Estado, o SET afirmou que as empresas prestadoras do serviço de transporte coletivo estão em situação de colapso financeiro-operacional e que algumas já deixaram de fornecer o ticket-alimentação e de pagar o plano de saúde de funcionários por falta de recursos financeiros. A saída para amenizar o problema seria o reajuste da tarifa, a revisão de benefícios como a gratuidade concedida a idosos, além da concessão de subsídios ao setor por parte do Município.
Negociações - Ontem, o sindicato dos trabalhadores rebateu as declarações dos empresários e anunciou o início das negociações pelo reajuste salarial da categoria. Na sexta-feira, dia 30, às 14h, SET e Sttrema se reunirão para discutir o índice de aumento nos salários de motoristas, cobradores e fiscais, além de plano de saúde, odontológico e ticket-alimentação. "Ainda não definimos qual será o percentual que solicitaremos este ano. Teremos esta primeira reunião, e os detalhes serão acertados ao longo do processo", comentou Dorival Silva, presidente do Sttrema.
Ainda de acordo com Dorival Silva, a possibilidade de paralisação de atividades da categoria, como já ocorreu em anos anteriores, não está descartada, mas não há previsão de quando uma possível greve deva começar. "A greve é nosso último recurso e depende do avanço nas negociações com os empresários. Não temos interesse em parar nosso serviço ou de causar transtornos aos usuários do transporte coletivo de São Luís. A população pode ficar tranquila", afirmou. Ano passado, após quatro dias de greve durante o mês de maio, os rodoviários voltaram ao trabalho com um reajuste salarial de 8,30%, segundo determinação do Tribunal Regional do Trabalho.
Sobre as alegações do SET de que faltam recursos financeiros para arcar com o sistema de transporte, o presidente do Sttrema informou que as empresas que deixaram de cumprir com compromissos como o ticket-alimentação e o plano de saúde foram procuradas pela entidade e já regularizaram a situação. "As empresas não podem deixar de efetuar o pagamento de ticket-alimentação, plano de saúde e outros compromissos do tipo porque isso configura a quebra de acordos assinados pelo sindicato patronal que fica passível de sofrer ações judiciais trabalhistas", alertou.
Desculpa - A suposta falência do sistema de transporte coletivo, alegado pelo SET, seria, para o Sttrema, uma forma de pressionar o poder público a conceder reajuste nas tarifas cobradas pelas empresas que operam as linhas de ônibus da capital, o que nem sempre se reflete na melhoria e modernização do serviço prestado à população. "Esta declaração trata-se de uma desculpa antecipada do SET para não conceder aumento salarial com ganhos reais aos trabalhadores", contestou Dorival Silva.
O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para que se pronunciasse a respeito das declarações do SET, mas, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta oficial foi enviada pelo Município. Na Secretaria Municipal de Trânsito de Transportes (SMTT), a informação obtida é de que o assunto precisa ser discutido entre o secretário e diversos setores dentro do órgão antes que qualquer posição seja tomada. Por telefone, a secretária de Clodomir Paz informou que ele estava em reunião e não poderia atender.
A falência do SET
Entre os fatores que estariam provocando a falência do sistema de transporte coletivo de São Luís, segundo o SET, estão os sucessivos congelamentos de tarifa (2004 a 2010 - dois anos sem reajuste, além dos últimos 27 meses, de 2010 até hoje) e o excesso de gratuidades - todas sem nenhum subsídio do Município - agravado pelo alto índice de fraudes na utilização do benefício nos ônibus. Em São Luís, segundo os empresários, o índice de gratuidade no sistema de transporte chega a 26%, enquanto a média nacional é de 8%.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
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