SÃO LUÍS - Após
Assembleia Geral, realizada na tarde desta quarta-feira (26), policiais e
bombeiros militares do Estado do Maranhão decidiram suspender as operações e
decretar greve. Os militares estão aquartelados no estacionamento da Câmara
Municipal de São Luís. A assembleia dos servidores ocorreu na sede da Federação
dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema), no Centro de
São Luís.
A reivindicação se deve ao reajuste de 7%
concedido pelo governo do Estado à categoria. Os servidores querem reajuste de
18% e questões relativas à jornada de trabalho. A intenção da paralisação é
poder negociar as pautas de greve com o governo estadual. Segundo informações, a greve dos policiais
militares segue por tempo indeterminado.
Em contraponto, o
subcomandante da Polícia Militar, coronel João Nepomuceno, informou que
"houve a tentativa, sem sucesso, por parte de uma minoria de deflagrar
greve. Apesar da manifestação destes policiais que estão de folga ou afastados
por licença médica, a Polícia Militar do Maranhão continua trabalhando
normalmente com viaturas e policiamento nas ruas".
Indicativo de greve
A paralisação dos servidores da Segurança
Pública ocorre um mês depois da primeira
manifestação de
insatisfação com os reajustes propostos pelo governo. No dia 26 de fevereiro,
também após assembleia, os policiais realizaram um ato público no Palácio dos
Leões, sede do governo estadual, no Centro Histórico da capital.
Naquela oportunidade, a categoria se
demonstrava insatisfeita com o Plano de Valorização do
Servidor anunciado pelo governo do Estado.
Posição do governo
Em resposta aos rumores de greve, a
secretaria de Estado de Comunicação divulgou nota afirmando que o governo do
Estado sempre esteve aberto ao diálogo, valorizando a carreira dos PMs e
investimentos na Segurança Pública do Maranhão, como a nomeação de mais 1.800
policiais militares. Além disso, o governo informou que o movimento anunciado
não se justifica, pois o acordo firmado com a categoria tem sido cumprido
rigorosamente. Leia a nota na íntegra:
A Secretaria de Comunicação reafirma que o Governo do Estado do
Maranhão tem valorizado os policiais e que sempre esteve aberto ao diálogo.
Como demonstração da política de valorização dos PMs e da continuidade nas
ações de investimento na Segurança Pública do Maranhão, o governo se reuniu
nesta quarta-feira (26) com os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros, com coronéis das corporações e efetivou mais 1.800 policiais
militares - a maior incorporação já realizada na PMMA.
O Governo do Estado
garantiu ainda um pacote de benefícios para os policiais. Entre as medidas, a
aprovação de lei que garante ao policial levar para a reserva a mesma
remuneração da última patente, mesmo que não fique por cinco anos em exercício
no último posto.
O governo também
antecipou em quase um ano - de 2015 para novembro de 2014 - a tabela de
subsídios constante do Plano de Cargos e Carreiras. Além disso, há ainda o
reajuste, em percentuais diversos, de gratificações por exercício de função,
cujos novos valores já serão pagos a partir do mês que vem.
O Governo do Estado
entende que o movimento anunciado por um pequeno grupo de policiais militares,
na noite desta quarta-feira (26), não se justifica, pois considera que tem
cumprido rigorosamente, dentro da legalidade, com todos os itens do acordo
firmado com a categoria.
Fonte: Imirante
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