O Ministério do Trabalho e Previdência Social agendou para hoje nova reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego,
Trabalho e Renda e Previdência Social, que reúne representantes dos mais
diversos setores, entre centrais sindicais, empresariado e movimentos
sociais. A intenção deste segundo encontro, que será realizado dois
meses depois da instalação do Fórum, é passar aos integrantes uma
resposta, conforme foi prometido pela presidenta Dilma Rousseff, sobre
os sete itens listados pelo grupo e entregues ao Executivo como
sugestões que podem ajudar o país a sair da crise e propiciar mais
crescimento e renda.
Durante a entrega do documento, Dilma não garantiu acolher exatamente
as sugestões da forma como foram apresentadas, mas encarregou o
ministro da pasta, Miguel Rossetto, de organizar um grupo técnico para
estudar todas as propostas e, se não for possível utilizá-las, ver
formas alternativas de ajudar estes setores. Segundo informações de
técnicos próximos a Rossetto, a equipe está perto de fechar um documento
com o retorno a ser dado ao Fórum.
Fazem parte desta pauta pedidos feitos pelos mais diversos segmentos
sobre retomada do investimento público e privado em infraestrutura
produtiva de forma rápida (tanto na área social como urbana); ações do
governo que levem à retomada e ampliação de investimentos no setor de
energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em
especial na Petrobras. E, também, opções que ajudem a destravar o setor
de construção, criação de condições para o aumento da produção e das
exportações da indústria de transformação e políticas de incentivo e
sustentabilidade do setor produtivo (como agricultura, indústria,
comércio e serviços), dentre outros pontos.
Não se sabe quais destes itens terão propostas ou alternativas ao que
foi sugerido ao Executivo. Ainda não se sabe também se um outro tema, a
reforma da Previdência Social, será incluído na mesma pauta da reunião.
Essa reforma é considerada polêmica e tem sido recebida com queixas
por parte de representantes de centrais sindicais, que consideram que
não é o melhor momento para alteração nas regras previdenciárias do
país. Mas Dilma tocou no assunto durante a abertura dos trabalhos do
Legislativo e prometeu que, antes do encaminhamento de qualquer proposta
do governo ao Congresso a respeito do assunto, ela será discutido pelo
Fórum.
“O Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e
Previdência Social apresentou pontos para a retomada do crescimento que
foram discutidos entre todas as suas entidades signatárias”, explicou o
diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) Clemente Ganz Lúcio.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, que no último encontro
destacou como positiva a formação do grupo, reiterou a expectativa com a
próxima reunião. De acordo com ele, embora existam temas que dividam
esses setores, existem entre eles “muitas convergências”. “Nossa
preocupação com 2016 é grande, e nossa intenção é ajudar a fazer algo
para melhorar esse quadro”, disse Nobre.
Fonte: Cut/Nacional
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