O
Comando Nacional de Greve (CNG) dos docentes federais, instalado em
Brasília (DF) desde a última quinta-feira (28), divulgou uma carta à
sociedade brasileira, na qual explicita os motivos que levaram a
categoria à greve. A carta critica a contradição do slogan “Pátria
Educadora” do governo que corta R$9 bilhões da educação, além do
bloqueio no orçamento no início do ano, recapitula o processo em que o
Ministério da Educação (MEC) rompeu o acordo sobre pontos iniciais da
carreira e expõe as pautas da greve docente.
O
CNG aponta, na carta, que o governo federal tem privilegiado
investimentos na educação privada e ainda retirado investimentos por
conta do ajuste fiscal. Os docentes criticam ainda o MEC por não
reconhecer o acordo firmado entre a Secretaria de Ensino Superior (Sesu)
e o ANDES-SN em abril de 2014, e por não ter avançado em nada com a
negociação da pauta de reivindicações da categoria.
Na
carta é ressaltada ainda a precariedade de condições em que se
encontram as Instituições Federais de Ensino (IFE), cuja crise
estrutural e financeira se acentuou após os recentes cortes
orçamentários. O CNG encerra a carta com um convite para a sociedade em
geral se somar à luta dos docentes, pois a necessidade da defesa da
educação pública não é apenas da categoria em greve.
Jailton
Costa, docente da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e membro do
CNG, afirma que a intenção da carta é abrir o diálogo dos docentes com a
sociedade, explicitando como é necessária que a luta pela educação
pública seja encampada por todos. “Nessa carta queremos mostrar à
sociedade o porquê de estarmos em greve, mostrando quão frágil é o
discurso do governo de defesa da “Pátria Educadora” e que as IFE estão
enfrentando uma grande precarização”, disse o docente.
Confira aqui a Carta à Sociedade Brasileira
Nenhum comentário:
Postar um comentário