21 de fevereiro de 2011

Governadores do NE dizem que vão defender ‘nova CPMF’ e Emenda 29

Governadores do Nordeste defenderam nesta segunda-feira (21) a criação de uma nova “CPMF” para financiar a saúde e a aprovação da Emenda 29, que prevê um percentual mínimo de repasses da União para a mesma área. Eles participam ao longo do dia, com a presidente Dilma Rousseff, do12º Fórum de Governadores do Nordeste, no município Barra dos Coqueiros, em Sergipe.

O governador do Ceará, Cid Gomes, defendeu a aprovação do projeto em tramitação no Congresso que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS), uma alíquota para movimentações financeiras. Os recursos serão destinados para a saúde.

“Sou absolutamente [a favor desde que ele seja reservado e que toda a população tenha segurança de que nenhum centavo seja desviado senão para a aplicação no custeio da saúde. A União reduziu repasses para a saúde nos últimos anos”, disse.

Os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho, do Piauí, Wilson Martins, da Bahia, Jaques Wagner e de Alagoas, Teotônio Vilela, também manifestaram a intenção de discutir com Dilma a recriação de um novo imposto para a saúde.

“Vamos estar com a presidente Dilma e falar sobre a necessidade de ter mais recursos para a saúde, que é prioridade do nosso Governo e dos demais governos do Nordeste”, afirmou Wilson Martins.

Já os governadores de Sergipe, Marcelo Déda, de Pernambuco, Eduardo Campos e do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarliani, disseram que o mais urgente é aprovar a Emenda 29. Eles reclamam que a União reduziu os repasses para a saúde.

“Temos um debate para fazer no Brasil muito sério sobre a questão da saúde. Aqui no nordeste 90% da população depende do SUS. Nós devemos ter como primeiro passo um esforço de melhoria da qualidade das despesa da saúde. Como segundo passo, a aprovação da Emenda 29, e o terceiro passo que o SUS premie quem está investindo em saúde e não quem está encolhendo seus investimentos em saúde”, disse Eduardo Campos.

Os governadores também comentaram sobre o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento. Eles querem garantir que o contingenciamento não afetará os projetos do governo federal no Nordeste.

"Estamos preocupados. É preciso saber de que forma esse corte afetará os investimentos do governo no Nordeste", afirmou o governador Marcelo Déda.

Já o governador de Pernambuco defendeu o ajuste fiscal realizado pela presidente. "Às vezes um filho nosso quer um brinquedo que a gente não pode dar. A gente fica com coração apertado, mas sabe que não pode", afirmou Eduardo Campos.

O governador do Ceará disse esperar que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja preservado.

"Ela [Dilma] preferiu passar o recado para o mercado de que haveria responsabilidade fiscal. Mas a maioria dos projetos no Nordeste fazem parte do PAC e vários ministros e a própria presidente garantiram que ele seria resguardado", disse Cid Gomes.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário