8 de fevereiro de 2012

Negociar não é impor

A população de vários estados brasileiros já sofreu com greves de policiais militares nesses últimos meses. Não quero ser simplista, entretanto, devemos usar uma premissa para comentar esses fatos catastróficos contra a população civil que paga seus impostos e tem direito a segurança pública.

A constituição veda aos militares o direito de sindicalização e o instrumento da greve. Sou a favor do direito as reivindicações, mas, não podemos esquecer-nos de cumprir as regras do jogo ao fazê-lo. Principalmente nesse caso que é uma luta dos militares de todos os estados brasileiros, através da PEC 300. Entendo serem justas as reivindicações, discordo apenas do modo, inclusive por que a cada estado onde o movimento grevista é declarado, as táticas usadas são cada vez mais violentas. Além de desencadearem uma onda de boatos – caso do Maranhão – agora, estão utilizando suas prerrogativas de terem armas, para aterrorizar a população em ações violentas como está acontecendo na Bahia.

Quem foi armado pelo Estado para dar segurança à população, não pode em hipótese alguma usar dessa prerrogativa para impor o atendimento de suas reivindicações. Precisamos entender que sofremos muito para termos direito a viver em um estado democrático de direitos e não podemos permitir que as ações de algumas pessoas violentas e despreparadas possam por essa grande vitória do povo em risco.

O que parece ser um embate entre o governo e a categoria, na verdade atinge diretamente e de forma brutal a população que já paga para ter a garantia da segurança pública.

Mais uma vez afirmo, acho justo que seja aprovado um piso nacional para os policiais militares nos moldes que já vem sendo discutido no Congresso através da PEC 300. No entanto, essa luta deve ser travada principalmente, pressionando as bancadas federais em cada estado. O que não pode é a população ficar sem segurança pública.

Fonte: blog Opinando ( http://www.ricardomilan.blogspot.com)

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