13 de agosto de 2012

Governo analisa orçamento para rodada de negociação com grevistas

O Ministério do Planejamento, por meio de sua assessoria, informou  que está analisando qual “espaço orçamentário” o governo tem para negociar as reivindicações por reajustes salarias do funcionalismo público. Uma rodada de negociações está marcada para esta semana.

Servidores federais fazem novo protesto na Esplanada dos MinistériosServidores de sete órgãos federais estão em greve em Rondônia“O ministério estuda qual é a possibilidade orçamentária para conceder os reajustes, dada a situação internacional complicada”, informou a assessoria de imprensa da pasta.

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, vai receber, de 13 a 27 de agosto, todos os sindicatos que representam servidores públicos federais. A intenção é chegar a um acordo e colocar fim à onda de paralisações que atingem o funcionalismo.

Termina no dia 31 de agosto o prazo para incluir reajustes com pessoal no Projeto de Lei Orçamentária. Essa data limite gera “tensionamento” entre sindicatos e governo, avalia o ministério, porque qualquer aumento salarial negociado após 31 de agosto terá de aguardar o orçamento de 2014 para ser efetivado.

O governo já fez as contas do impacto causado ao orçamento do país caso as reinvindicações de todas as categorias de todos os poderes fossem atendidas – incluindo aumento salarial e reestruturação de carreiras. Segundo cálculos do Planejamento, o gasto adicional na folha de pagamento seria de R$ 92,2 bilhões, o que equivale a 2% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Atualmente, a folha de pagamentos custa R$ 190 bilhões, valor que representa 4% do PIB.

Ameaça de greve geral

Os sindicalistas esperam que, com as reuniões, o governo apresente proposta. O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), Rudinei Marques, afirmou que, caso as negociações não avancem, é possível que ocorra uma greve geral.

“O governo até agora não deu nenhum sinal de que pretende fazer uma negociação séria”, disse Marques. A categoria fez paralisação de dois dias nesta semana por reajuste salarial de 22%.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse na semana passada que conta com o “bom senso” dos grevistas e afirmou que o governo ainda estuda possíveis reajustes salariais com cuidado para “não oferecer nenhuma proposta que depois a gente não possa bancar”.

Ele ponderou, contudo, que a preocupação maior não é com os trabalhadores da iniciativa privada, que não tem estabilidade garantida.


Fonte: G1

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