14 de abril de 2014

Movimento sindical aposta na formação dos jovens dirigentes cutistas

Vinte jovens cutistas de diferentes categorias de trabalhadores realizaram entre os dias 7 e 9 de abril a terceira e última etapa do curso de formação política “Juventude da CUT em Ação”. O projeto tem como objetivo fortalecer a organização da juventude nas instâncias da Central, qualificar a intervenção da CUT nos espaços de atuação e ampliar a participação de jovens nas direções sindicais. A primeira etapa havia sido realizada de 9 a 11 de dezembro de 2013 e a segunda entre os dias 18 e 20 de fevereiro.

Aeroviários de Guarulhos, bancários de São Paulo, professores de escolas estaduais da capital e de cursos técnicos de Bertioga, petroleiros de Campinas, metalúrgicos de Sorocaba e do ABC, rodoviários de Limeira, trabalhadores do abastecimento de água de Campinas e municipais de São Paulo e de Limeira receberam o certificado de participação no Instituto Cajamar, histórico centro de formação político-sindical que hoje abriga a Cooperativa dos Trabalhadores do Instituto Cajamar (Cooperinca).

Para o educador e assessor da Secretaria de Formação da CUT Nacional, Adriano Soares, a juventude participou com ânimo dos módulos. “A formação desse grupo fortalecerá as ações da Central e certamente ampliará o debate político nos sindicatos, federações, confederações cutistas e junto à sociedade”, afirma.  

Segundo Soares, a Central aposta em jovens dirigentes para o novo período da história do país. “Uma nova geração não apenas no que diz respeito à idade, mas nova em sua forma de construir política sindical, em seu potencial criativo para organizar a maioria da classe trabalhadora e de romper com as formas autoritárias, burocráticas e opressoras que ainda estão enraizadas na estrutura sindical, apesar da incansável luta do sindicalismo combativo e militante da CUT”, ressalta.

O jovem Mário Macedo Netto, do Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), relata que a formação contribuiu para construir um olhar mais politizado da juventude. “O intercâmbio feito com amigos de outros sindicatos permitiu a troca de experiências que carregarei para toda a vida. O curso me motivou a voltar para as bases e contribuir na formação”.

Para Netto, o desafio agora será direcionar todo conteúdo aprendido para a prática. “A pedagogia de Paulo Freire ajudou a compreender a construção coletiva do conhecimento. Saio desse curso com a sensação de que não estou sozinho nesta luta”, diz.

De acordo com a bancária de São Paulo, Wanessa de Queiroz, “cada categoria tem uma luta específica, mas existe, além disso, uma luta maior que nos unifica, que é a luta pela transformação da sociedade”.  


No dia a dia, Wanessa pontua ser importante construir novos cursos de formação política no sindicato, debater os desafios da juventude trabalhadora dentro da Central, mas também fazer parcerias com comunidades na periferia e com movimentos sociais. “Acreditamos que é possível construir uma sociedade com maior justiça, igualdade e mais democrática”, conclui. 

Fonte:CUT

Nenhum comentário:

Postar um comentário