14 de maio de 2012

Caos: Greve de rodoviários deve parar o transporte coletivo na Ilha amanhã

Quem depende de transporte coletivo em São Luís e outros municípios da Ilha corre o risco de ficar sem o serviço amanhã por causa da greve de motoristas e cobradores de ônibus anunciada para a data. Cerca 700 mil passageiros podem ser prejudicados. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Maranhão determinou a circulação de 50% da frota. A população se prepara para enfrentar a falta de ônibus. 

Alguns taxistas já se preparam para transportar mais passageiros. O taxista Raimundo Costa, 45 anos, disse ontem que, se for necessário, fará serviço de lotação para garantir o transporte de maior número de pessoas. "Muita gente precisa de transporte. Se todos os ônibus pararem, o povo não vai ter como ir ao serviço e voltar para casa", disse.

Os passageiros também esperam contar com linhas urbanas alternativas oferecidas pelas vans, caso ocorra mesmo a greve. "A gente não pode faltar serviço. Nessa hora precisamos usar o transporte que aparecer, seja carona, van, o que for", afirmou a empregada doméstica Elizabeth Madeira, 34 anos.

Porcentagem - A decisão pela greve foi tomada na quarta-feira, dia 9, em assembleia geral da categoria, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), localizada na Rua Afonso Pena, no Centro. Em entrevista a O Estado, o presidente do sindicato, Dorival Sousa, informou que, caso fosse determinado pela Justiça, seguiria as normas judiciais que obriga o sindicato a manter certa porcentagem de coletivos circulando pela cidade para atender às necessidades da população. 

Caso a determinação da Justiça do Trabalho seja descumprida, o Sindicato será multado em R$ 40 mil. Os rodoviários querem aumento salarial de 16%, tíquete-alimentação no valor de R$ 450,00 e a inclusão de mais dependentes nos planos de saúde médico e odontológico.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) pediu reforço de viaturas e de homens da Polícia Militar para garantir a segurança nas garagens enquanto as atividades estiverem paralisadas. Durante greve ocorrida no ano passado, as empresas registraram danos materiais em cinco ônibus que estavam parados em um protesto de motoristas no Anel Viário.

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