22 de setembro de 2015

SINPROESEMMA realiza II Seminário da Saúde do Trabalhador



2 seminario da saude do trabalhador - grand sao luis hotel 1809201520150918_1416Centenas de professores, funcionários e especialistas de escola participaram, na sexta-feira (18), do II Seminário da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora em Educação. O evento, que ocorreu no Grand São Luís Hotel, foi organizado pela Secretaria de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) e debateu o tema “A educação e a saúde devem estar juntas na escola”.

Participaram da mesa de abertura o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro; o coordenador da Delegacia do Sindical em Imperatriz e também secretário da Saúde do Trabalhador, André Santos; e as secretárias adjuntas da Saúde, Francisca França e Eliene Oliveira.

Na ocasião, o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, contextualizou a organização do seminário dentro da carência dos serviços de saúde no Brasil. “Nós somos afetados diretamente por conta da ausência de saúde mais consistente para que nós possamos minimizar os problemas que atacam a nossa categoria”, enfatizou.

Segundo Pinheiro, os problemas ainda são maiores nas redes municipais, onde os prefeitos submetem os educadores a jornadas exaustivas de trabalho, acima do que estabelece a lei do piso, e ainda não respeitam a quantidade de alunos por sala de aula.

“Nosso estado é muito quente, 90% das escolas não têm ar condicionado e as salas são superlotadas. Quem dá aula no ensino fundamental não fala, grita. Então o esforço físico é muito grande”, destacou Júlio Pinheiro, lembrando da necessidade de aumentar os investimentos em infraestrutura das escolas como forma de garantir a saúde dos educadores.

Diretrizes nacionais. Em seguida, os educadores assistiram à palestra da coordenadora estadual do Centro de Referência Estadual da Saúde do Trabalhador (Cerest), Aelany França. Na exposição, que traçou os instrumentos e diretrizes da políticas nacionais de saúde do trabalhador, a coordenadora lembrou que os serviços de saúde estão disponíveis para todos, desde funcionários da iniciativa pública até funcionários informais.

Segundo Adernaly, o Cerest é um dos instrumentos que compõem a política nacional, no entanto, não presta atendimento de urgência ou emergência, mas atua como órgão gestor de informações sobre doenças oriundas do exercício profissional. Com os dados colhidos em hospitais, são examinadas as possibilidades de mais trabalhadores também terem adquirido determinada doença no ambiente de trabalho.

A coordenadora encerrou a fala destacando que a coleta de informações envolve diversos atores e precisa do esforço de todos, desde os profissionais da saúde até os trabalhadores, que precisam informar o histórico de cargos exercidos aos médicos. “Saúde do trabalhador é como um abraço, você dá e você recebe”, afirmou.

Valorização e saúde. À tarde, os educadores acompanharam a palestra sobre as relações e as transformações no trabalho, ministrada pela psicóloga Áurea Gianna, que abordou os transtornos mentais adquiridos nas salas de aulas, destacando a depressão e a ansiedade como consequência da precarização do ambiente de trabalho
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Segundo a psicóloga, além da renumeração, os educadores devem combater o problema lutando pela melhoria do ambiente de trabalho.  “Valorizar o trabalho é assegurar condições de trabalho de forma digna, clima organizacional bom, em que o sujeito tenha a qualidade de vida também nesse trabalho, para que organizações educacionais não se transformam em locais de práticas inaceitáveis”, afirmou.

Objetivo cumprido. Para a secretária-adjunta da Saúde do Trabalhador, Francisca França, que participou da organização, o balanço das atividades do seminário foi relevante. “Foi significativo discutir a saúde, porque vai proporcionar a melhora na qualidade de vida, a partir da integração da saúde com o trabalho”, resumiu.

Fonte: Sinprosemma

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