21 de setembro de 2015

Servidores vão parar no próximo dia 23 contra novos cortes no orçamento 2016 que prejudicam essencialmente a classe trabalhadora

A próxima quarta-feira, 23, será de paralisação de atividades de servidores federais em todo o Brasil. O protesto que promete reunir dezenas de categorias é uma reação ao anúncio de novos cortes para promover ajuste fiscal feito pelo governo no início desta semana. As medidas atingem em cheio servidores do Executivo Federal. Entre os impactos está o recuo do governo que postergou para agosto de 2016 uma proposta que já havia sido acatada pela maioria dos servidores prevendo reajuste de 10,8% em dois anos com pagamento a partir de 1º de janeiro próximo.

Nos cortes ainda estão a suspensão de concursos públicos e o fim do abono de permanência que pode retirar mais de 100 mil servidores da ativa em condições de se aposentar, mas que permanecem trabalhando com incentivo de deixar de pagar 11% de contribuição previdenciária imposta aos aposentados. Os servidores mostram sua indignação com o que consideram um pacote de maldades que penaliza a classe trabalhadora enquanto outras medidas poderiam ser adotadas pelo governo.

A unidade e pressão são fundamentais para derrotar esse projeto de ajuste fiscal que joga mais uma vez nos braços dos servidores uma parcela enorme dos impactos de medidas de ajuste anunciadas. Para a Condsef há outras soluções que o governo pode adotar sem impor sacrifícios sistemáticos à classe trabalhadora. Entre as possíveis outras soluções está possibilidade apontada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada): taxar, via imposto de renda, lucros e dividendos recebidos por acionistas de empresas.

De acordo com os estudos promovidos pelo instituto, taxando em 15% esse segmento, o governo teria um aporte de R$43 bilhões / ano em seu orçamento. Há ainda a opção de encaminhar proposta para taxação das grandes fortunas, rastrear e penalizar grandes sonegadores, promover a necessária e urgente auditoria da suposta dívida pública brasileira, entre outras tantas possibilidades.

Repassando, mais uma vez, a conta de uma crise para a classe trabalhadora, o governo não só amplia um cenário de insatisfação já intenso como pode terminar adiando o fim das intempéries. Impor aumento de impostos, arrocho salarial e outras mazelas direcionadas aos trabalhadores e continuar garantido altos lucros a muito poucos nunca será boa receita para consolidar um país desenvolvido, economicamente forte e justo.

Fonte: condsef

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