31 de outubro de 2013

Incra reforça importância da reforma agrária

O superintendente regional do Incra em São Paulo, Wellington Diniz Monteiro, participou no dia 25 de outubro de sessão solene na Assembleia Legislativa de São Paulo que comemorou os dez anos do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e os vinte anos da Ação da Cidadania, entidade fundada pelo sociólogo Herbert de Souza para o combate à fome.

A homenagem foi iniciativa do deputado Francisco Campos Tito, que citou a Semana da Alimentação num contexto em que milhões de pessoas ainda passam fome em todo o mundo: "Vivemos um momento ímpar em que houve a diminuição das pessoas que enfrentam a fome no Brasil. E foi a sociedade civil que fomentou a implantação de políticas públicas no combate às desigualdades sociais, à fome e à miséria", destacou.

A exibição de vídeos e de um espetáculo de dança resgatou a importância da mobilização social e do Consea nas ações para garantir a segurança alimentar, na criação das redes de proteção social e na implantação de políticas de reforma e desenvolvimento agrário, fatores importantes para os atuais indicadores de redução da mortalidade infantil e da desnutrição no país.

Política estratégica
O representante do Incra lembrou que a reforma agrária é uma política estratégica não só para a democratização do campo, mas para a própria segurança alimentar do país: "São os assentados, os agricultores familiares que garantem a alimentação de todos os brasileiros. Com os avanços nos programas institucionais tem sido possível fixar as famílias, combater a miséria e garantir uma alimentação saudável e adequada", declarou.

Já o delegado federal do desenvolvimento agrário de São Paulo, Reinado Prates, ressaltou a importância de fortalecer os esforços da sociedade civil e dos entes federativos para a promoção da cidadania e da segurança alimentar. Prates esclareceu que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vem tratando das políticas de segurança alimentar não apenas com fomento econômico, mas buscando levar qualidade de vida e atendendo à demanda integral de quem vive no campo: "O governo federal contribuiu ao priorizar o combate à pobreza e a segurança alimentar no país, uma pauta muito diferente das temáticas bélicas de outras gestões", avaliou.

A presidente nacional do Consea, Maria Emília Lisboa, expôs que o direito humano à alimentação adequada está garantido, desde 2010, na Constituição federal. Maria Emília citou ações do Consea e destacou seus posicionamentos, especialmente no tocante ao maior debate e pesquisa antes da liberação dos alimentos transgênicos e campanha pela redução do uso de agrotóxicos: "Não basta garantir o alimento, a alimentação tem que ser adequada e saudável para todos", afirmou.


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