31 de outubro de 2013

Prorrogado prazo para inscrição em edital de comunicação comunitária

Organizações interessadas em participar da Chamada Pública que selecionará projetos voltados para a realização de ações de comunicação comunitária direcionadas ao enfrentamento da violência contra a juventude negra, agora têm até o dia 10 de novembro para enviar propostas. Além do prazo maior, o critério para participar também foi mudado. Agora, entidades que desenvolvem atividades de comunicação em suas ações educativas também podem concorrer. Cada projeto selecionado receberá R$ 70 mil.

As iniciativas devem ser desenvolvidas nos territórios abrangidos pelo Plano Juventude Viva, nos estados de Alagoas, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará, São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Serão contempladas nove propostas, sendo uma por estado, nas modalidades mídia impressa, audiovisual e/ou radiodifusão, e Internet.

Poderão participar do processo seletivo instituições privadas sem fins lucrativos, que tenham como objetivo fomentar e incentivar projetos de comunicação comunitária, com foco na produção de peças de comunicação relacionadas ao enfrentamento da violência contra a juventude negra nos territórios abrangidos pelo Plano Juventude Viva.

Juventude Viva

A chamada pública n° 0003/2013 se soma a um conjunto de iniciativas do governo federal no âmbito do Juventude Viva - plano de enfrentamento à violência contra os jovens negros. No Brasil, os homicídios aparecem como principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos, atingindo especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por homicídios em 2010 eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino.

O Juventude Viva foi lançado como resposta a essa realidade, sob a coordenação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e da Secretaria-Geral, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, órgãos da Presidência da República. Entretanto, as ações do Plano (inicialmente implementadas no estado de Alagoas) resultam de intensa articulação interministerial.

Construído por meio de um processo participativo, o Plano reúne ações de prevenção que visam à reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia; da oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio; e do aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.

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