16 de novembro de 2015

Trabalhadores da EBC continuam em greve por tempo indeterminado



Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Comunicação no Maranhão (EBC) estão em greve por tempo indeterminado há exatos 6 (seis) dias, defendendo a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016 (ACT 2015/2016) apresentada por eles à empresa, que tem em seus tópicos a reposição de acordo com o IPCA + R$ 450,00 linear de ganho real para todos (nível médio e superior). O governo primeiro ofereceu apenas 2,5% de reposição, o que foi rejeitado de imediato pelos trabalhadores.
 
O impasse se constituiu após a contraproposta de 3,5% apresentada pela EBC, o que caracteriza para os trabalhadores, como uma manobra indecente da empresa, já que está muito aquém do que poderia ser considerada uma oferta digna de análise por parte da categoria.

Desde antes da deflagração do movimento grevista, o Sindsep/MA já vinha acompanhando, através de videoconferência com os trabalhadores, a construção de uma proposta de ACT 2015/2016 que contemplasse os anseios da categoria. o Sindicato manteve-se firme ao lado dos trabalhadores, inclusive colocando à disposição dos mesmo, em muitos casos, a sua assessoria jurídica, para que todas as dúvidas fossem criadas em relação à representatividade dos trabalhadores, e até mesmo, com relação aos procedimentos que deveriam ser tomados no período de greve.

O movimento tem o apoio também da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert), que enviou como representantes o coordenador, José Antônio Jesus da Silva, o secretário de política sindical, Fernando Cabral, e o tesoureiro, Jota Filho, para em conjunto com o Sindsep/MA fortalecer o movimento paredista dos trabalhadores da EBC no Maranhão.

Dissídio Coletivo

A EBC ajuizou na semana passada, o pedido de abertura de processo de dissídio coletivo para solucionar o impasse entre a empresa e os trabalhadores, em greve desde o dia 7 de novembro.
De acordo com a Direção da empresa, o pedido de dissídio, a declaração de essencialidade dos serviços da EBC e que seja mantido um efetivo mínimo de empregados em atividade para que a empresa continue funcionando.

A EBC apresentou ainda, no pedido de dissídio, a proposta original do processo de negociação, que previa apenas a reposição da inflação. Ao se decidirem pela greve, na semana passada, os funcionários rejeitaram a última proposta apresentada como possível pela EBC, de reajuste pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais ganho real de 1%. Na contraproposta, os sindicatos que representam os trabalhadores da EBC (dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e dos Radialistas) pediram reajuste linear de R$ 290 e 11% de correção do tíquete-alimentação, além da mudança da data-base de outubro para maio.

A EBC

Criada em novembro de 2007, a EBC é responsável pelo funcionamento da Agência Brasil, do Portal EBC, de oito emissoras de rádio AM/FM/OM (Nacional e MEC), da Radioagência Nacional, da TV Brasil e da TV Brasil Internacional. A EBC opera ainda, por contrato da Secretaria de Comunicação da Presidência da República com a Diretoria de Serviços, o canal de TV NBR, o programa de rádio A Voz do Brasil, dentre outros serviços. A empresa tem 2.151 empregados.

Principais reivindicações:

– Defesa do caráter público da EBC, fim dos privilégios e do assédio moral;

– Reajuste referente à inflação de novembro/2014 a outubro/2015 (9,92% pelo IPCA);

– Ganho linear de R$ 450 reais;

– Aumento de 4,15% no auxílio alimentação mais três vales extras;

– Auditoria no pagamento de horas extras;

– Não desconto dos dias parados.

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